Texto de Renato Acha e Fotos de Nina Maria Fonseca e Paula Pratini.

O Fórum da Biodiversidade das Américas e a 19ª Reunião dos Jardins Botânicos Brasileiros movimentaram a cidade com debates, palestras, oficinas e eventos culturais.

O show “Sons do Planeta” foi realizado ontem (8 de julho) no Anfiteatro do Jardim Botânico e trouxe grandes cantores da cidade com Rubi, Ellen Olléria, Greice Ivi, Hélio Ramalho, Ligiana e Os Mocambos com apresentação empolgante de Luiz Miranda.

Rubi tem uma voz incrível e uma interpretação que contagia o público. Sua formação em teatro foi em Brasília, na Faculdade Dulcina. Como ator, participou das montagens: Mayã (Oswaldo Montenegro), La Fontaine em Fábulas (Dulce Bressane), A Família Titanic (Mauro Rasi), Negro Anjo Azul (musical escrito especialmente para ele por Ricardo Torres) e foi um dos solistas de Brasil Outros 500 (espetáculo com texto de Millôr Fernandes, músicas de Toquinho e Paulo César Pinheiro e arranjos de Wagner Tiso).
Nos anos 80, Rubi costumava cantar com Cássia Eller no clássico Bar Bom Demais. Depois fez diversos shows com figuras tarimbadas da MPB, como Ceumar, Oswaldo Montenegro, Zélia Duncan, Chico César, Vânia Bastos e Elza Soares. Conquistou o 8º Prêmio Visa MPB de melhor cantor pelo voto popular.

Rubi falou sobre seu atual envolvimento com o teatro e como isto pode vir a desencadear uma influência na composição de um novo trabalho:
“Em São Paulo tenho me dedicado a uma companhia de teatro chamada Banda Mirim que apresenta o show “Espoleta” no Sesc, com direção de Marcelo Romagnoli, um super dramaturgo e crítico de teatro. Amanhã (9/7) será lançado o CD do espetáculo que contas estórias com músicas.
Você tem planos de um novo trabalho?
“Quero dar uma respirada para poder pensar no próximo disco. Agora que temos todas estas tecnologias disponíveis posso compor com amigos, companheiros e parceiros de São Paulo, aonde cheguei em 1992 e onde aconteceu muita experiência de vida, muita coisa.
O encontro com a Banda Mirim é muito precioso para mim. A minha origem vem do teatro, fiz faculdade no Dulcina. A arte da minha vida seria o teatro e foi quando a música foi aparecendo. Tenho excelentes lembranças do Bom Demais e da Cássia Eller. Esse mergulho no teatro vai ser fundamental para a música para ajudar na reflexão pela música da pele, que vem pela veia.”
