A palhaça suíca Gardi Hutter em espetáculo na Caixa Cultural.

Divulgação.
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O espetáculo A Costureira ganha temporada no Teatro da Caixa Cultural de 11 a 14 de junho. Gardi Hutter já foi declarada ‘tesouro nacional’ da Suíça. É uma palhaça pioneira, uma das primeiras mulheres a obterem o reconhecimento neste gênero no mundo. Sua personagem já se transformou em boneca, marionete e está entre as fantasias mais usadas pelos suíços durante o carnaval.

Gardi Hutter é conhecida do público brasiliense: ela lotou o mesmo Teatro da Caixa em 2010, quando incluiu Brasília na turnê do espetáculo O Ponto. Gardi é palhaça, mímica e atriz, com mais de 30 anos de carreira. Ao longo desta trajetória, conquistou vários prêmios ao redor do mundo e encantou plateias com sua personagem ligada à commedia dell’arte. Robusta, sensível, desajeitada e muito, muito engraçada, a personagem Joana d’Arpo é uma figura tragicômica, na linha de Charles Chaplin. Ao mesmo tempo em que diverte, consegue emocionar o público com sua espontaneidade – e também porque Joana d’Arpo, assim como Carlitos, não é dotada de muita sorte.

O trabalho da palhaça é calcado no humor físico. Mas Gardi Hutter não faz uso da pantomima nem das tradicionais gags cômicas dos palhaços. Sua performance é original, singular e sempre de uma precisão extraordinária. Mas dizem os críticos que, apesar de sua grande fisicalidade, só a expressão facial da palhaça bastaria para dar o show e levar o público às gargalhadas.

A mesa de costura se torna o novo universo da palhaça Joana. Uma bisbilhotada através de uma casa de botão é suficiente para descobri-lo: o fio de sua história se desenrola como seus rolos de tecidos. Os manequins estão ao seu redor e nem mesmo a morte é capaz de parar suas enormes tesouras.

Contudo, entre suas agulhas e carretéis, seu destino pode muito bem perder o fio. Num inusitado golpe do destino um grande abismo se abre dentro de sua caixa de costura. A roda da vida também faz parte do atelier de Joana, gira ao redor da finitude do ser e da infinitude do jogo.

A criação de A Costureira partiu do desejo de Gardi de montar um espetáculo no qual pudesse abordar a relação entre o destino e a morte como um divertido jogo de vida. O destino está ligado a fios e tesouras em várias mitologias, como as três deusas do destino – as Moiras (grega), as Parcas (romana) e as Nornes (nórdica) -: a primeira gera o fio da vida, a segunda a mede e a terceira a corta.

A Costureira é resultado de uma parceria entre Gardi Hutter e Michael Vogel, ator e diretor da companhia alemã Familie Flöz, reconhecida internacionalmente por espetáculos que revolucionam o uso da máscara em obras extremamente refinadas como InfinitaTeatro, Deluio e Risttorante Immortale.

O espetáculo estreou em outubro de 2010 e desde então circulou por toda a Suíça e também por diversos outros países europeus como Alemanha, França, Itália e Espanha, totalizando aproximadamente 500 apresentações. Em julho de 2012, A Costureira foi um dos principais destaques da Mostra Off do Festival de Avignon.
A Costureira - Gardi Hutter 08
Serviço: A Costureira com Gardi Hutter
Data: De 11 a 14 de junho
Local: Teatro da Caixa Cultural (Setor Bancário Sul, Quadra 04, Lotes ¾)
Horários: quinta a sábado às 20 horas e domingo às 19 horas
Informações: (61) 3206-9448 e 6456
Ingressos: R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)
Classificação indicativa: 12 anos
Duração: 70 minutos.