Renato Acha
A mostra Anticorpos, dos designers e irmãos Campana, está em cartaz no CCBB até 25 de setembro e da capital segue para o Rio (novembro de 2011) e São Paulo (fevereiro de 2012), depois de ter passado pela Holanda, Espanha e Itália. Trata-se de uma retrospectiva com peças produzidas entre 1989 e 2009, em vinte anos de uma carreira muito bem sucedida, reunidos sob a curadoria de Mathias Schwartz-Clauss, do Vitra Design Museum.
São cerca de duzentas obras que revelam o peculiar o método de trabalho da dupla, que funde referências artísticas, estéticas e técnicas com ampla e livre inspiração. A exposição também inclui uma pequena amostra de objetos colecionados ao longo dos anos e que desvelam um pouco do universo pessoal dos Campana.
O mérito deles é a transcendência para além das regras do design tradicional e a impressão de uma certa brasilidade, rica em espontaneidade, um ar lúdico e muita ironia, em uma divertida e séria brincadeira com a a noção de funcionalidade e com o uso de materiais alternativos, embutidos em um rico repertório, que funde cores e formas e questionam as fronteiras da sustentabilidade.
A mostra está dividida em nove núcleos: Fragmentos, Objetos Trouvés, Nós, Varetas, Híbridos, Planos Flexionados, Objetos de Papel, Agrupamentos e Orgânicos.