O Ciclo de oficinas e performances musicais com programação de software acontece até novembro no Anexo do Museu Nacional da República. As atividades gratuitas apresentam uma introdução à programação de software criativo, com foco em música eletrônica experimental. Alexandre Rangel é o idealizador e condutor do projeto, que convida cada artista para apresentar uma abordagem em relação ao software Sonic Pi.
A sexta oficina do projeto acontece dias 12 e 13 de novembro (15:00 – 20:00). O foco será na composição e performance com o Sonic Pi.
As oficinas são divididas em conteúdos teóricos, prática e performances coletivas. Os participantes podem usar seus laptops, mas estarão disponíveis computadores para uso coletivo. Não é necessária a participação nos outros módulos nem conhecimentos prévios de música ou programação de software.
O projeto é uma pesquisa musical de doutorado que trata do ensino e da prática da música com programação de software. As ações consistem em seis oficinas e seis performances de criação musical por meio de programação do software. Cada oficina contará com um artista convidado, a fim de propiciar um diálogo e interação entre música com instrumentos tradicionais e a música com programação de software.
Os músicos convidados e os participantes das oficinas traduzirão suas técnicas e ideias para o sistema de programação de software livre Sonic Pi. O Sonic Pi, baseado na linguagem Ruby, é um ambiente de programação criado pelo Prof. Sam Aaron, da Universidade de Cambridge, para educação musical e introdução à informática para crianças, ou seja, é tudo muito simples. Além do Sonic Pi, a oficina apresenta outros softwares livres de produção criação musical com algoritmos.
Como uma linguagem de programação pode interagir e contribuir com músicos reais, desencadeando processos criativos inusitados? Com o sistema, os participantes podem, por exemplo, instruir o sistema a tocar uma sequência de notas baseada nas notícias do jornal, mapear as vogais das manchetes nas teclas pretas do piano e as consoantes nas teclas brancas. É possível basear acordes nos ponteiros do relógio, assim como experimentar ritmos de bateria que só poderiam ser tocados por uma pessoa com três braços. A imaginação é o limite para introduzir a poética e o caos do ser humano nos códigos da computação.
A condução das oficinas é de Alexandre Rangel, artista multimídia brasiliense, Mestre em Arte Educação e doutorando em Artes (UnB). Rangel tem produzido performances com a técnica de criação de software audiovisual, como o “Sábio ao Contrário”, VJ Xorume e Weekly Beats, desafio de produção de uma música com código de programação a cada semana de 2016. Já apresentou suas criações no Brasil, Argentina, Espanha, EUA, França, Dinamarca, Holanda e Taiwan.
O Ciclo de oficinas e performances musicais com programação de software tem apoio do FAC (Secretaria de Cultura do DF).
Serviço: Code Muzik 6
Local: Museu Nacional de Brasília – Anexo
Datas: 12 / 13 novembro (Sáb. ou Dom.)
Horário: 14:30 às 20:00
Inscrições: http://www.quasecinema.org/sonicpi.html
Entrada franca.