Coberturas

Teatro do Concreto em cena pela cidade.

8 de julho de 2011

Renato Acha

O Teatro do Concreto reúne brasilienses de diversas formações em uma companhia que experimenta uma relação mais aberta com o espaço circundante, que vai desde ao interior de um teatro à uma faixa de pedestres. Os atores interagem com a platéia ou com transeuntes da mesma forma, em um proveitoso jogo de ação e reação.

O CCBB e as ruas da cidade recebem a temporada de Concreto em 7 Atos, onde a trupe apresenta uma série de espetáculos que integram seu histórico de montagens e intervenções urbanas, como as que aconteceram na Rodoviária do Plano Piloto nesta semana. A pré-estreia foi no dia 30 de junho no CCBB com Diário de um Maldito, que retrata a vida de um escritor desiludido com o próprio trabalho e que quando pensar dele desistir se depara com seus personagens, que o circundam em busca de perpetuar suas estórias. O público é recebido em um bordel e se envolve nas cenas em um clima espontâneo entre o elenco e os músicos que executam a trilha sonora ao vivo.

A reunião do grupo e a conquista de um espaço nobre na cidade vem de um longo trabalho, sob a direção de Francis Wilker, que promove o espírito do coletivo e tem na força do todo seu elemento de maior destaque.

O Teatro do Concreto ocupa a cidade e sempre causa visibilidade a uma cena que precisa da união de pessoas e de apoio para acontecer. Há muitos atores daqui que estão em franca ascenção pelo país. Esta geração que se formou nos anos noventa e início do novo milênio diz ao que veio e vai conquistar cada vez mais espaço dentro e fora da cidade.

Depois da apresentação de estreia, os convidados se dirigiram para o coquetel no deck do centro cultural e entraram no clima de celebração, em um ambiente descontraído de um bar, que dava um ar de que o espetáculo continuava.