O espetáculo O Campo de Batalha tem temporada no CCBB de 16 de abril a 17 de maio. O texto do baiano Aldri Anunciação ganhou direção de Márcio Meirelles (autor de Ó Pai Ó) e codireção de Lázaro Ramos e Fernando Philbert. A história acontece em um futuro hipotético, mais especificamente uma pausa da Terceira Guerra Mundial, causada por falta de água, quando dois soldados inimigos se encontram no front, mas não podem se atacar por causa de uma crise que leva à falta de munição. A Voz do Autofalante (gravada pela atriz Fernanda Torres) monitora os soldados para que eles não se tornem amigos através de intervenções ao longo dos 70 minutos de espetáculo.
Estreando como autor em “Namíbia, Não!”, merecedor do Prêmio Braskem (2011) e pelo Prêmio Jabuti de Literatura (2013), o dramaturgo baiano Aldri Anunciação parte para seu segundo texto, desta vez com direção do encenador Márcio Meirelles, criador do Bando de Teatro do Olodum e diretor do Teatro Villa Velha, berço teatral do ator e diretor Lázaro Ramos. O espetáculo marca o encontro dos três conterrâneos e a segunda parceria de Aldri com Lázaro (que dirigiu o texto Namíbia,Não!, de Aldri Anunciação) e agora assina, juntamente com Fernando Philbert, a codireção da peça “O Campo de Batalha”, de Aldri.
Aldri Anunciação também atua no espetáculo, dividindo o palco com o carioca Rodrigo dos Santos, com intervenções gravadas da atriz Fernanda Torres, em áudio reproduzido por um VJ e DJ, durante as cenas. A peça já esteve em cartaz em São Paulo e ao final da temporada em Brasília, seguirá para os CCBB Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Como em seu primeiro trabalho, a nova obra de Aldri Anunciação acontece em uma realidade hipotética do futuro, chamado “hiato de guerra”, mais especificamente uma pausa da Terceira Guerra Mundial, quando dois soldados inimigos se encontram no front, mas não podem se atacar por causa de uma crise que leva à falta de munição. A Voz do Autofalante monitora os soldados para que eles não se tornem amigos através de intervenções ao longo dos 70 minutos de espetáculo.
“A peça se desdobra na inação. É uma brincadeira, uma crítica, uma proposta para a gente se aproximar cada vez mais dos nossos inimigos institucionalizados para entender se realmente são inimigos ou se isso vem de uma manipulação”, explica Aldri.
Márcio Meirelles se apaixonou pelo texto em uma leitura no Teatro Villa Velha, aceitou o convite e abriu um espaço na agenda lotada. “Eu aceitei fazer a peça porque gostei do texto. Porque trata da guerra que a gente vive. De um sistema que está fora, mas está dentro da gente também. A peça apresenta a situação de uma forma didática, Brechtiana. E o faz de uma forma muito sedutora. O texto está ali com todas as chaves. É só abrir.”
A codireção de Lázaro começou com o acompanhamento da dramaturgia e de um diálogo com o autor que se aprofunda desde “Namíbia, Não”. Foi natural a parceria uma vez que Márcio possui uma ligação muito grande com Lázaro – foi seu primeiro diretor quando ele começou no teatro, em Salvador.
Aldri ainda agregou à equipe Fernando Philbert, como codiretor. A ideia veio depois de assistir “Incêndios” – que também tratava da temática da guerra – onde Philbert foi diretor assistente de Aderbal Freire-Filho. Márcio e Fernando também tinham muita vontade de trabalhar juntos e o resultado desta nova parceria poderá ser visto em “Campo de Batalha”.
A equipe técnica é complementada por Jorginho de Carvalho (luz), Nello Marrese (cenário e figurino), Tato Taborda (sonorização) e Rafael Gallo (projeção mapeada).
Serviço: O Campo de Batalha
Data: 16 de abril a 17 de maio
Local: Teatro I do CCBB (SCES Trecho 2)
Horários: Quarta a sábado, às 21 horas; domingo, às 20 horas
Duração: 70 minutos
Classificação: 16 anos
Entrada: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
A venda dos ingressos se iniciam dois domingos antes para os eventos da semana e podem ser adquiridos na bilheteria do CCBB de quarta a segunda, das 9h às 21h, ou pelo site www.ingressomais.com.br.
CCBB Brasília – Aberto de quarta a segunda-feira das 9h às 21h.
Informações: (61) 3108-7600.