Semana Pensamento Criativo promove palestras e oficinas acerca da cadeia produtiva da criatividade.

De 25 a 28 de julho.

Divulgação.

A segunda edição da Semana Pensamento Criativo chega a Caixa Cultural de 25 a 30 de julho. Voltado para profissionais e estudantes que atuam nas cadeias produtivas das Artes Visuais, Filosofia, Antropologia, Design, Fotografia, Cinema, Jornalismo, Arquitetura, Música, Artes Cênicas, Literatura, Produção Cultural, Moda, Publicidade, entre outras, o evento contará com palestras e workshop dedicado às publicações independentes com alguns dos mais importantes pensadores, artistas e realizadores do país, com renome nacional e internacional. A partir do dia 14 de julho, os interessados poderão se inscrever pelo site www.semanapensamentocriativo.com.br e retirar seus ingressos na Bilheteria da Caixa Cultural entre os dias 22 e 23 de julho, mediante a doação de um agasalho ou 1kg de alimento não perecível. Os ingressos não retirados até esta data estarão disponíveis na bilheteria 1 hora antes do evento a cada dia.

A Semana Pensamento Criativo é uma realização de Bruna Neiva e Virginia Manfrinato, da Mira Produção e Arte, e foi vencedora do edital de Ocupação dos Espaços da Caixa Cultural 2017 para as cidades de Brasília (DF), Salvador (BA) e Rio de Janeiro (RJ). A proposta do evento é aproximar a arte de um público que, em um primeiro momento, poderia permanecer impermeável ao assunto, por não se considerar público-alvo. “A Semana Pensamento Criativo traz ao público uma oportunidade de enriquecer seus trabalhos e pesquisas com as experiências de estudiosos e profissionais que já trabalhem no campo artístico e da reflexão”, afirmam as realizadoras do evento.

O projeto deseja provocar a reflexão a respeito das especificidades do processo de criação em diversos campos do conhecimento e pensar a arte como vetor de resistência e caminho para proposições sociais, políticas e do afeto.

Desta edição, participam curadores, artistas, filósofos, designers gráficos, pesquisadores, psicanalistas e educadores que abordarão cinco eixos de debates. A Semana do Pensamento Criativo começa no dia 25 de julho, terça-feira, com a palestra Arte e cotidiano, com Barbara Wagner e Moacir dos Anjos. Na quarta, Suely Rolnik e Rosângela Rennó abordam O Processo Criativo. Na quinta-feira, Tânia Rivera e Marilia Panitz abordam Ficção e Arte Contemporânea. Na sexta, encerrando o ciclo de palestras, Cecilia Almeida Salles e Guilherme Bonfanti falam de Criação Coletiva. Os encontros acontecem das 18h30 às 22h30, em dois tempos de uma hora e 30 minutos e intervalo de 30 minutos. As vagas são limitadas à lotação do Auditório da Caixa Cultural de 400 assentos.

Na sexta e no sábado, 29 e 30 de julho, das 14h às 19h, os designers Lucas Gehre e Neno realizarão a oficina Auto-publicação. A oficina de auto-publicação é um espaço para exercitar e entender o que é publicar, trabalhando algumas das principais questões envolvidas, independente da mídia escolhida (por exemplo: zines, publicações digitais, livros, periódicos, impressos diversos, etc). Um dos principais exercícios propõe que as pessoas desenvolvam um zine (publicação artesanal de baixo custo), que é um bom ponto de partida para trabalhar o assunto. A ideia é que ao final da atividade os participantes possam se sentir mais à vontade para experimentar publicar na forma que melhor se adeque ao seu projeto. A atividade será rica em exemplos e imagens do universo das publicações, buscando oferecer uma gama diversa de caminhos a serem desenvolvidos. São 20 vagas para o workshop. Os interessados deverão se inscrever pelo site do evento e submeter seus portfólios para avaliação. Os selecionados participarão mediante o pagamento de R$10,00 ou a doação de 1kg de alimento não-perecível mais o pagamento de R$ 5,00.

Quem é quem:

Bárbara Wagner nasceu em Brasília, em 1980. Sua prática em fotografia está centrada no “corpo popular” e suas estratégias de subversão e visibilidade entre os campos da cultura pop e da tradição. Publicadas em livros editados pela artista desde 2007, suas obras têm sido exibidas em exposições individuais e coletivas nacional e internacionalmente e fazem parte das coleções permanentes do MASP e MAM, em São Paulo. Desde 2011, trabalha em colaboração com o artista Benjamin de Burca (Munique, 1975), com quem participou do 33º Panorama de Arte Brasileira (São Paulo, Brasil), da 4a. Bienal do Oceano Índico (La Réunion, França), da 36ª EVA International (Limerick, Irlanda), da 5ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça e da 32ª Bienal de São Paulo (São Paulo, Brasil). Mestre em Artes Visuais pelo Dutch Art Institute (2011), vive e trabalha no Recife (PE), Brasil.

Cecilia Almeida Salles é pesquisadora em linguística e aprofunda suas experiências em processos de criação artísticos coletivos. Tem graduação em Língua e Literatura Inglesas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1976), mestrado em Linguística Aplicada e Estudos de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1981) e doutorado em Linguística Aplicada e Estudos de Línguas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1990). Atualmente faz pós-doutorado no Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. É professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. É coordenadora do Grupo de Pesquisa em Processos de Criação.

Guilherme Bonfanti, nasceu em Leme, SP, em 11 de novembro de 1956. Light Designer, é com Antônio Araújo um dos fundadores do Teatro da Vertigem além de ser coordenador e um dos fundadores do curso de Iluminação da SP Escola de Teatro. Atua, desde 1987, em diversos projetos de artes visuais, arquitetura, mostras e exposições, moda, eventos profissionais e corporativos. Iniciou a carreira como técnico de luz no Espaço Off, casa noturna de Celso Curi, em São Paulo, centro difusor da arte experimental do período, atuando em dezenas de realizações. Em 1990, faz o desenho de luz para “Oberösterreich” e “Hiperbórea” dois espetáculos de Antônio Araújo, em 1992, fundam o Teatro da Vertigem com Paraíso Perdido e esta parceria já soma mais de 23 anos. Fez projetos para a 23ª, 24ª, 25ª e 26ª Bienal Internacional de São Paulo, e Mostra dos 500 anos, projetando e coordenando todo o projeto luminotécnico das exposições.

Lucas Gehre é nascido e residente em Brasília. Trabalha principalmente com desenho, quadrinhos e design. É artista plástico, quadrinista, diretor de arte, roteirista e editor de publicações. É um dos editores da SAMBA, antologia de quadrinhos independente, lançou com o selo homônimo Amarelo, laranja e vermelho, compilando suas HQs e desenhos. O grupo editou mais de 10 outros títulos com o selo, além da revista SAMBA #1 a 3. Participa dos principais eventos de quadrinhos e zines desde 2009, entre os quais: FIQ, Feira Plana, Pãodeforma, Feira Tijuana. Em 2015, integrou o grupo organizador da primeira DENTE, feira de publicação independente realizada em Brasília, colocando a cidade no circuito de eventos nacionais. É membro do ateliê coletivo NOVA em Brasília.

Marília Panitz Nasceu em São Leopoldo, RS. Vive e trabalha em Brasília. Mestre em Arte Contemporânea: teoria e história da arte, pela Universidade de Brasília, trabalha como professora desde 1980. É professora da Secretaria de Educação do DF desde 1983. Ensinou na Universidade de Brasília, pelo convênio SEEDF/FUB entre 1999 e 2011. De 1990 a 1996, dirigiu o Museu Vivo da Memória Candanga. Em 1997, atuou como assessora dos projetos de artes visuais da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, entre eles o Panorama das Artes Visuais no Distrito Federal. Em 1998, dirigiu o Museu de Arte de Brasília, onde coordenou o Prêmio Brasília de Artes Visuais 98 e o Programa de Bolsas de Pesquisa MAB/MinC para jovens artistas. A partir de 1999, passou a publicar artigos sobre artistas de Brasília em jornais e catálogos. Em 2001, passou e desenvolver propostas de curadoria.

Moacir dos Anjos é pesquisador e curador de arte contemporânea da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, onde coordena, desde 2009, o projeto de exposições Política da Arte. Foi diretor do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – MAMAM (2001-2006) e pesquisador visitante no centro de pesquisa TrAIN – Transnational Art, Identity and Nation, University of the Arts London (2008-2009). Foi curador do pavilhão brasileiro (Artur Barrio) na 54ª Bienal de Veneza (2011), curador da 29ª Bienal de São Paulo (2010), co-curador da 6ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2007), e curador do 30º Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna (2007), em São Paulo. Foi curador da mostra coletiva Cães sem Plumas (2014), no MAMAM e de exposições retrospectivas dos trabalhos de Cao Guimarães (2013), no Itaú Cultural, e de Jac Leirner (2011).

Neno é graduado em Desenho Industrial pela Universidade de Brasília (2011). Tem experiência na área de programação visual. Atua no mercado desde 2005. Foi sócio do estúdio Mopa (2009-2011). Integrante da equipe do projeto Interações(não) distantes, iniciado em março de 2012, tem por objetivo promover um intercâmbio cultural entre artistas de diferentes regiões brasileiras e estudantes do Curso de Licenciatura em Artes Visuais nos polos presenciais da UnB/UAB. É membro do ateliê coletivo NOVA em Brasília.

Rosângela Rennó nasceu em Belo Horizonte em 1962. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formou-se em Artes Plásticas pela Escola Guignard e em Arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais. É doutora em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Sua obra é marcada por apropriação de imagens descartadas, encontradas em mercados de pulgas e feiras, e pela investigação das relações entre memória e esquecimento. Em suas fotografias, objetos, vídeos ou instalações, trabalha com álbuns de família e imagens obtidas em arquivos públicos ou privados. Dedica-se também à criação de livros autorais. Realizou exposições individuais em cidades como Amsterdã, Los Angeles, São Paulo, Recife, Belo Horizonte, Paris, Londres, Lisboa, Montevideo, entre outras. Participou de exposições coletivas em eventos como a Bienal Internacional de Veneza (1993, 2003), a Bienal de São Paulo (1994 e 2010), a Bienal de Joanesburgo (1997), 12a Bienal de Istambul (2011) e a Bienal de Berlim (2001) e expôs seus trabalhos em instituições como Fondation Cartier, Centre Pompidou de Paris, entre outros. Suas obras fazem parte da coleção de instituições como Art Institute of Chicago; Centro de Arte Contemporânea Inhotim, MAM-RJ, Culturgest, Lisboa; Daros LatinAmerica, Zurique; Guggenheim Museum, New York; Latino Museum, Los Angeles; Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León; Museo Nacional Reina Sofia, Madrid; Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte; MAM- SP; Museum of Contemporary Art MOCA, Los Angeles; Museum of Contemporary Art of Chicago; MoMA, New York; Orange County Museum of Art, California; Stedelijk Museum voor Actuele Kunst SMAK, Gent e Tate Modern, Londres.

Suely Rolnik é psicanalista, crítica de arte e cultura, curadora e professora da PUC-SP. Docente convidada do Programa de Estudios Independientes do Museu de Arte Contemporáneo de Barcelona, Universidad Autónoma de Madrid, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía e pesquisadora convidada pelo Institut National de l’Histoire de l’Art na França. Viveu exilada em Paris de 1970 a 1979, onde graduou-se em Filosofia e Ciências Sociais na Université de Paris VIII, e fez graduação, mestrado em Ciências Humanas Clínicas na Université de Paris VII. Doutorou-se em Psicologia Social pela PUC-SP. Sua investigação enfoca as políticas de subjetivação em diferentes contextos, abordadas de um ponto de vista teórico transdisciplinar e indissociável de uma pragmática clínico-política. Desde os anos 1990, atua sobretudo no campo da arte contemporânea. É membro fundador da Rede Conceitualismos do Sul, composta de 50 investigadores latino-americanos. É autora, entre outros livros, de Manifeste Anthropophage / Anthropophagie Zombie, Archivmanie; Cartografia Sentimental; Transformações contemporâneas do desejo e, em colaboração com Félix Guattari, de Micropolítica. Cartografias do desejo, obra já publicada em 7 países.

Tania Rivera atua nas áreas de teoria e clínica psicanalíticas e fundamentos e crítica das artes. Recebeu o prêmio Jabuti de Psicologia/Psicanálise (2014) com o livro “O Avesso do Imaginário. Arte Contemporânea e Psicanálise” (Cosac Naify, 2013). Possui Mestrado e Doutorado em Psicologia pela Université Catholique de Louvain, Bélgica (1996) e Graduação em Psicologia pela Universidade de Brasília (1991). Pós-Doutorado em Artes Visuais na EBA – UFRJ (2006). Foi professora da Universidade de Brasília de 1998 a 2010 e atualmente é professora da Universidade Federal Fluminense.

Serviço: Semana Pensamento Criativo
Palestras
De 25 a 28 de julho, das 18h30 às 22h30
Vagas limitadas, sujeito à lotação da sala
Workshop
29 e 30 de julho, das 14h às 19h
20 vagas
Local: Caixa Cultural (SBS, quadra 4, lotes 3/4 – Asa Sul, anexo à matriz da Caixa)
Informações: (61) 3206-6456
Classificação indicativa: 14 anos
Ingresso: Os interessados nas palestras e workshop podem se inscrever a partir do dia 14 de julho no site www.semanapensamentocriativo.com.br. As vagas são limitadas, com retirada de ingressos na bilheteria da Caixa Cultural Brasília a partir de quinta-feira (20 de julho), mediante o doação de um agasalho ou 1kg de alimento não perecível (exceto sal)
Os ingressos restantes estarão à venda na bilheteria da CAIXA Cultural 1 hora antes do início de cada dia de palestras.
Acesso para pessoas com deficiência
Site: www.semanapensamentocriativo.com.br
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