Shirley Krenak promove experiência imersiva que aborda preservação dos biomas, águas, sagrado e ancestralidade

De 30 de agosto a 02 de setembro.

Foto: Dani Azul.

Sons que Curam, de 30 de agosto a 02 de setembro, no Memorial dos Povos Indígenas, é uma experiência imersiva – com recursos tecnológicos – aborda temas urgentes como a preservação dos biomas, das águas, do sagrado, da ancestralidade. Um chamado para a cura pelos sons que vêm da força feminina e pela regeneração do meio-ambiente para toda a humanidade.

Por meio da exibição de som ambisônico e da projeção de imagens, a artista lança mão de recursos tecnológicos para criar um mergulho por paisagens naturais e urbanas com cantos, danças e ritos espirituais. A experiência da instalação audiovisual, com duração de 20 minutos, contará com a performance da artista ao vivo e será apresentada em sessões às 19h, 20h e 21h, de 30 de agosto a 02 de setembro. Todas as sessões contam com acessibilidade em libras.

Nesta paisagem documental sonora e visual, tecida pela ativista e artista indígena Shirley Krenak, é apresentada ao visitante uma viagem desde as águas puras e cristalinas, passando pelas águas contaminadas do Rio Doce. Shirley busca despertar a sensibilidade para aspectos da relação entre o humano e a Mãe-Terra em um planeta ferido. Ela nos ensina que deixamos de apreciar nossa origem ancestral, deixamos de escutar a Mãe-Terra para desprezá-la e usurpá-la.

O impacto humano planetário sobre o solo terrestre é abordado como um convite à cura. Em 2015, o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério destruiu o rio Doce e devastou diversas cidades do estado de Minas Gerais e o Território Krenak. Diante do assombro de paisagens em ruínas, do desaparecimento da fauna e da flora e de novas perturbações ambientais, a artista mergulha nas feridas desse trauma para refletir sobre um caminho para a regeneração e o cuidado ecológico.

A instalação é resultado de uma pesquisa de Shirley Krenak na captação de sons da Mata Atlântica e criada a partir de seus sonhos, guiada pela cosmovisão e história de seu povo, pelos caminhos das águas e das matas. A primeira fase do projeto realizou uma imersão no bioma Mata Atlântica percorrendo as margens do rio Doce, passando por paisagens sagradas para os Krenak.

Foto: Diego Rinaldi.

Instalação Shirley Krenak – Sons que Curam
Memorial dos Povos Indígenas (Eixo Monumental Oeste, em frente ao Memorial JK)
Visitação: de 30 de agosto a 02 de setembro, das 9h às 18h
Sessões: de quinta a sábado, às 19h, às 20h e às 21h. Todas com tradução simultânea para Libras
Entrada franca
Classificação indicativa: Livre
Informações: @djukurnasonsquecuram