
Navalha na Carne se passa em um sórdido quarto de hotel de quinta classe, onde a prostituta Neusa Sueli, o cafetão Vado e o homossexual Veludo encarnam a existência sub-humana e marginalizada. Tudo começa quando Vado se dá conta de que o dinheiro do programa de Neusa Sueli, que seria gasto no jogo, não foi repassado a ele. A suspeita do roubo cai sobre Veludo, empregado da pensão. A partir daí, o público assiste ao embate entre os três, que traz à tona insatisfações e sentimentos escondidos.
Para Rogério Barros, o espetáculo insere o espectador no submundo marginalizado. “O público é catapultado para aquele meio, meio que ele normalmente prefere ignorar, assim como ignora as favelas, os presídios, os mendigos… A sociedade constrói muros para excluir estas pessoas. Fazer o Vado, para mim, é uma catarse. Entro nos quartos escuros de mim mesmo para buscar a maldade dele”, afirma, para em seguida completar: “Se o ator só faz papéis confortáveis, ele não cresce”.
“A navalha, de fato, só aparece duas vezes no espetáculo. Na verdade, o texto é a própria navalha”, diz o diretor Rubens Camelo sobre o espetáculo “Navalha na Carne” que faz parte da trilogia seguida por “Mão na Luva” de Oduvaldo Vianna Filho e “Grito parado no ar”, de Gianfrancesco Guarnieri, que traz a proposta de levar textos brasileiros de teatro a espaços não convencionais. Navalha, que começou sua trajetória em 2010, já realizou duas temporadas em hotéis de alta rotatividade no Centro Rio (Paris e Nicácio).

O Espetáculo de circo/teatro “Brincadeiras Loas e outras Boas” é uma homenagem à tradição oral e corporal do circo brasileiro a partir de cantigas, brincadeiras e cenas clássicos deste universo. Com simplicidade e cuidadoso fazer estético, Brincadeiras Loas e outras Boas apresenta uma encenação de formato leve intercalado por Loas (musicas tradicionais da cultura popular circense e do teatro de rua brasileiro) e entradas tradicionais que compõem um espetáculo dinâmico, interativo e divertido. O espetáculo e brincado por duas duplas de palhaços: Geléia, Gelatina e Almondega, que trazem para o jogo cênico a linguagem artística da acrobacia, malabares e brincadeiras das manifestações populares.
Oficinas: “COLAPSO E A BÚSSOLA DO CÔMICO – Guia de Jogos, Condutas e Trilhas Corporais”
A Cia Colapso e a Bussola do Cômico vai oferecer ao publico nos dias 09, 10, 16 e 17 de janeiro, das 10:00 as 12:00 oficinas de jogos, condutas e trilhas corporais. Será uma viagem rumo aos preceitos indicativos da arte de jogar, uma vivencia pelos procedimentos e caminhos do jogo cênico guiado pelo cômico. Atitude interativa, estado físico, parceria, o papel da escuta e o papel do apoio seja no jogo, como na cena, como na vida…..
O objetivo das oficinas e apurar o olhar para a percepção das situações e ações do corpo pessoal e alheio; identificar os estados e humores, le-los e comunica-los. Por meio das dinamicos e experiências vivenciadas na oficina.
Ministrantes da oficina: Ana Luiza Bellacosta e Ana Flávia Garcia.
Serviço: Navalha na Carne:
dias 10, 11 e 12 de janeiro, as 21:00
dia 13 de janeiro, as 20:00
Duração: 48 minutos
R$ 10,00 e R$ 5,00
Espetáculo Indicado para maiores de 18 anos
Espetáculo Brincadeiras Loas e outras Boas:
dias 11, 12, 13, 18, 19 e 20 de janeiro – as 17:00
R$ 10,00 e R$ 5,00
Oficinas: dias 09, 10, 16 e 17 de janeiro – das 10:00 as 12:00
Entrada franca
Livre para todos os públicos.