Divas se encontram no palco.

Fotos: Renato Acha.
Fotos: Renato Acha.
Rodrigo Machado

Nas três noites do show intitulado “Deixa a Nega Cantar”, no qual Elza Soares recebeu a paranaense Gaby Amarantos, dava pra sentir a expectativa da plateia do Teatro Paulo Autran do SESC Pinheiros, na capital paulista. Todos os lugares do teatro, no dia em que o Acha Brasília foi convidado pelo SESC para assistir ao show, já estavam ocupados muito antes de começar e o que se via e ouvia eram sorrisos e comentários que esta seria uma grande noite.

Com as cortinas ainda fechadas, a banda de Elza Soares abre a noite com um instrumental quente e de arrepiar, sobe a cortina e a Diva arranca aplausos e gritos de linda e maravilhosa. “Esta é uma noite especial, uma noite quente, uma noite maravilhosa. Preciso da ajuda de vocês.” Convida Elza, que é respondida com mais aplausos.Elza Soares Foto Renato Acha

O momento que emocionou a todos começou com a forte e intensa interpretação de “A carne” (letra de Seu Jorge, Marcelo Yuca e Wilson Capallette), gravada por Elza em seu álbum “Do Cóccix Até O Pescoço”, e um trecho de “Não é sério”, uma homenagem a Chorão, quando Elza perguntou “Onde estão os direitos humanos? Nas mãos de um nazista, homofóbico, fanático, racista”, que emendou com um forte “Fora, Fora, Fora…” e botou o teatro de pé gritando com ela.

Gaby Amarantos Foto Renato Acha

Gaby Amarantos entrou no palco com “A flor e o espinho” (de Nelson Cavaquinho, Guilherme De Brito e Alcides Caminha). Ficou nítida a generosidade e a grandeza de duas artistas. Elza elogiando o talento de Gaby e dando toda a oportunidade para a estrela que está nascendo para aparecer e mostrar seu potencial. Gaby reverenciou e agradeceu a oportunidade do convite. As duas brincaram e se divertiram juntas, as diferenças entre o chocolate branco e o preto tirou gargalhadas da plateia.

Este convite foi a oportunidade para Gaby mostrar que sabe e que pode interpretar outros ritmos com habilidade, que tem voz e pegada para interpretar samba, samba-funk e rock. Foi um encontro estre artistas versáteis que não disputaram espaço, um show de vozes poderosas, de mulheres fortes e de sotaques marcantes.

Tomara que viaje o Brasil e chegue a Brasília também.