A mostra “Mulheres mágicas – Reinvenções da Bruxa no Cinema” estreia no CCBB Brasília

“Suspiria” de Dario Argento. Divulgação.

A figura da bruxa em toda sua complexidade inspira a mostra Mulheres mágicas – Reinvenções da Bruxa no Cinema, que acontece de 9 a 20 de março, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. Através de 23 sessões, será possível conhecer como essa personagem tão diversa tem sido concebida por diferentes realizadores cinematográficos desde os primórdios do cinema até os dias atuais.

“The Witch’s Cradle” de Maya Deren.

Serão exibidos 25 filmes – 13 longas e 12 curtas-metragens – de vários países e gêneros, com destaque para obras de realizadoras mulheres. Para aprofundar e refletir sobre o tema, será realizado um ciclo de debates online com convidados(as) nacionais e internacionais e uma masterclass com a célebre feminista italiana Silvia Federici.

Häxan – A Feitiçaria Através dos Tempos” de Benjamin Christensen.

Haverá ainda sessão infantil e sessão com acessibilidade, além da exibição de um recorte da programação on-line. A classificação indicativa vai de Livre a 16 anos – ver programação. Para as exibições presenciais, haverá cobrança de ingressos a R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). A programação on-line é inteiramente gratuita.

“O Reino das Fadas” de Georges Melies.

Logo na sessão de abertura, no dia 9 de março, quarta-feira, às 19h30, será exibido o filme “Suspiria”, de 1977, um clássico do terror, responsável pelo culto em torno do cineasta italiano Dario Argento. A sessão será apresentada pela pesquisadora Lila Foster e a curadora da mostra Carla Italiano. A mostra terá ainda exibição ao ar livre da obra-prima “O Mágico de Oz”, de Victor Fleming, 1939, para toda a família.

“Temporada das Bruxas” de George Romero.

A mostra investiga como a figura da bruxa, entendida em um sentido amplo, vem sendo construída ao longo da história do cinema. Personagem popular, que integra o imaginário humano, a bruxa é vista em toda sua multiplicidade: nem positiva nem negativa, mas como uma potente via de investigação sobre as representações dos corpos e saberes femininos em imagem.

“O Mágico de Oz” de Victor Fleming.

A mostra se divide em dois eixos. O primeiro irá revisitar a iconografia clássica das bruxas no cinema ocidental: os contos de fadas, as releituras históricas da caça às bruxas medieval, as mulheres monstruosas do cinema de horror, a hiper sensualidade. Este eixo contará com filmes como “O Mágico de Oz” (1939), e produções de diretores como o dinamarquês Carl Theodor Dreyer, o italiano Dario Argento e George A. Romero.

“Eu não sou bruxa” de Rungano Nyoni.

Um segundo eixo vai apresentar contrapontos de reinvenção dessa figura, com destaque para uma perspectiva abrangente. Deste segmento fazem parte os contos de “bruxas”, em releituras dos contos de fada tradicionais; as mulheres que se autodeclaram feiticeiras contemporâneas; e obras marcadas por sensibilidades negras afrodiaspóricas ou que trazem saberes de tradição indígena. Neste eixo estão produções assinadas por diretoras importantes do cinema mundial como a ucraniana Maya Deren, as estadunidenses Julie Dash e Kasi Lemmons, a francesa Camille Ducellier e a diretora do Zâmbia Rungano Nyoni.

Bjork em “A Árvore de Zimbro” de Nietzchka Keene.

Confira a programação.