Lau Santos ministra a oficina Elinga para atores e performers.

De 23 a 26 de abril.

Divulgação.

A Oficina Elinga traz práticas performativas de matriz africana na formação do atores, atrizes e performers de 23 a 26 de abril na Chácara Recanto Feliz (Paranoá). A ação é ministrada pelo diretor, ator e pesquisador baiano Lau Santos e conta com 27 vagas. O foco se volta à produção de presença (corporeidades) por meio de ações cênicas durante o encontro com os espectadores, uma condição básica para a realização de um fenômeno cênico. São 16 horas de atividades que integram o II Festival de Cinema do Paranoá.

Elinga, é uma palavra proveniente do Umbundo (língua nacional Angolana), que tem como significado ação/exercício (elinga = acção, iniciativa, exercício). A produção de presença (corporeidades) por meio de ações cênicas durante o encontro com os espectadores é uma condição básica para a realização de um fenômeno cênico. As descobertas sensório-afetivas feitas pelos artistas da cena são potencializadas por meio de percepções do que é visível e do que é invisível. Diálogos corporais são regidos por códigos verbais e não verbais que se instauram durante a produção de presença do sujeito da cena em conexão com os espectadores.

Para o ator africano Sotigui Kouyaté a noção de teatro e atuação em territórios africanos, desde muitas gerações, segue uma maneira particular, bem diferente dos princípios cênicos impostos pela cultura ocidental. Nas Práticas Performativas de matriz africana o corpo é o dispositivo de fluência e expansão presencial, o texto, base da noção de teatro ocidental, quando presente é mais um elemento corporificado em forma de oralitura (cantos, contos e pequenas fábulas-itans – orikis.) Na oficina Elinga, os princípios pedagógicos teóricos e práticos são fundamentados em uma didática e consequentemente em uma estética afro-afirmativa e afro-brasileira. Estes fundamentos servem como ferramenta na construção de processos criativos para os atores/performers.

Conteúdo programático:

Desenvolvimento de processos criativos mediante a utilização de movimentos da capoeira, maculelê, candomblé e outras formas expressivas de matriz africana.
O corpo no espaço e o espaço do corpo. Dançar, Batucar, Cantar e Contar (Bunseki Fi-Kiau, Zeca Ligiero) Aporte teórico-prático sobre as diferenças entre religião e utilização dos códigos afro-religiosos como expressão artística.
O olhar é expressivo e não meditativo.
A ocupação do espaço e os 4 elementos (Terra, água, fogo e ar).
A natureza e a plasticidade da cena.
O canto, a contação, a dança e a performatização, como uma forma unificada nas expressões artísticas da diáspora africana.
A noção de corpomente (nãoexiste separação).
O corpo não é um instrumento do ator/performer, ele é o ator/performer!
O corpo negro como o lugar das irradicações de códigos ancestrais. “Corpo-arma”, “corpo-arquivo”, a lógica da sinuosidade como deflagradora do acontecimento cênico.
Elaboração de códigos visíveis e invisíveis durante a construção da Presença Cênica.
Criação e produção de material cênico (solo, duos ou cenas coletivas) para ser apresentado no fim do curso.

Serviço: Oficina Elinga com Lau Santos
Data: De 23 a 26 de abril, das 13 às 17 horas
Carga Horária: 16 horas – Com certificado emitido pela Oitava Arte Produções – Prof.: Lau Santos
Local: Chácara Recanto Feliz, Setor de Mansões do Paranoá
Valor: 400,00 (à vista – integral)
Bônus de R$ 150,00 – Parceira do II Festival de Cinema do Paranoá – Para as primeira 15 inscrições
Solicite formulário de inscrição pelo e-mail: festcineparanoa@gmail.com ou oitavaarte.net@gmail.com
Valor com desconto: R$ 250,00 (à vista)
Forma de Pagamento: Boleto PagSeguro