Por Ana Arruda Neiva
Esse primeiro encontro na capital fez parte do Transmedia Week que aconteceu em 10 países e com mais de 20 eventos no Brasil. O projeto, originalmente realizado em Barcelona, é idealizado pelo Carlos Scolari. No Brasil, a realização é da Era Transmidia. “Acreditamos que estamos em uma nova Era em que as pessoas estão empoderadas para curtir, interagir, compartilhar e co-criar conteúdos dando voz ativa à audiência e aos consumidores.” resume o presidente da Associação, Rodrigo Arnaut, destacando a importância do transmídia.
Brasília entrou oficialmente no circuito, conectando com tendências mundiais de novos modelos de negócios onde a criatividade é uma das principais bases. “Acreditamos que o Transmedia Week Brasília tenha sido um bom começo para conectar projetos e ampliar o networking a todos. O próximo passo é termos oficinas de qualificação para os produtores, artistas e comunicadores repensarem formas de maior alcance em narrativas transmídia”, comenta Ana Arruda, sócia da Sétima Produções e organizadora local do evento.
A APP/DF, Associação de Profissionais da Propaganda, apoiou e marcou presença no evento, após recente posse de nova Diretoria. “Para nós da APP/DF é fundamental conversarmos sobre o futuro e o presente das novas mídias, com a certeza de identificarmos novas oportunidades de negócios”considera Vanessa Mendonça, presidente da APP/DF. Estiveram presentes representantes da Rede Globo, SBT, Band, Correio Braziliense, Revista Pepper, Vento Bravo, Canto Cerrado, Grupo A Tarde, dentre outros profissionais de Comunicação.
Após as boas vindas, houve breve apresentação do conceito de transmídia, apresentações de projetos convidados da cidade e de outras pessoas que compartilharam suas experiências na hora, com a roda aberta a quem quisesse participar. O evento terminou com bate-papo animado entre todos os presentes, se estendendo pela noite.
Ana Arruda apresentou a programação do 4o Festival Curta Brasília e anunciou os próximos projetos da Sétima Produções: InterAnima – cinema, tecnologia e interatividade e Decibéis – Videoclipe em Alta Potência. Todos os festivais unem cinema e outras artes, conectados com novas linguagens e narrativas.
Na sequência, Fabrício Ofuji falou do mercado de Games destacando dados, números e o potencial midiático dos jogos digitais. Ofuji é produtor cultural, integrante da banda Móveis Coloniais de Acaju e investiga temas da cultura digital, principalmente música e games.
Depois foi a vez do realizador Filipe Gontijo falar de projetos de cinema interativo, como o seu filme Gruta, que ultrapassou 400 mil espectadores em cinema, app e internet. Gontijo falou do recente projeto Brasília 360, que humaniza os filmes de realidade virtual enquanto experiência imersiva.
Gabriela Bilá apresentou o Teleport City, revelando uma visão futurista e poética sobre o mundo pós advento do teletransporte em forma de textos, colagens, quadrinhos, maquetes e protótipos diversos. A arquiteta, cenógrafa e designer também falou de O Novo Guia de Brasília, que mostra um mapa da capital numa abordagem afetiva, ousada e criativa.
Julia Hormann, que atuou em agências de publicidade na área de planejamentos de mídia, apresentou o PicniK, misto de bazar descolado e sunset party, sendo um ponto de encontro fértil de público gerador e consumidor de novas tendências e artistas alternativos (moda, artes plásticas, música, gastronomia), movimentando e consolidando a rede de economia criativa local.
Com o formato aberto a quem quisesse compartilhar projetos, Gracilene Bessa apresentou o Limonada Project, mostrando o potencial do design, com destaque a mobiliários arrojados e originais, a partir da curadoria de feiras com produtos de artistas/designers locais e com oficinas em que os participantes constroem seus objetos. O cineasta Léo Bello entrou na roda e apresentou o teaser de seu curta-metragem O Pequeno Pé Grande, em captação para finalização via Catarse, trazendo a discussão sobre novas formas de se fazer cinema independente.
